Dr. Eneias Cano

 Cirurgias ginecológicas minimamente invasivas é um assunto que gera muitas dúvidas e inseguranças, por isso, o Dr Eneias Cano, aborda algumas das cirurgias mais comuns, dentre suas mais 5.000 mil cirurgias realizadas em seus 14 anos de experiência.

Com exceção da cesariana, qualquer cirurgia ginecológica hoje pode ser feita de forma minimamente invasiva.  No caso do prolapso genital. Antes feitas de forma mais  invasiva, hoje essas intervenções conseguem preservar o máximo a anatomia pre existente permitindo que as funções sejam preservadas, permitindo uma ótima preservação do assoalho pélvico, o que garante uma melhor qualidade de vida em todos os  sentidos na vida da mulher.

  • Histerectomia : procedimento do qual é retirado o útero, podendo ser total, quando se retira o orgão por completo, ou parcial, quando o colo não é retirado. Quando a histerectomia é realizada por via vagianal sempre será total;
  • Correção cirúrgica da incontinência urinaria: pode ser resolvido por Sling, consiste na passagem de uma tela por via transobturatória ou retro púbica no terço médio da uretra que servirá como suporte para a mesma, não deixando ter a perda de urina nos momentos de esforço realizado pela paciente. Após a realização deste procedimento a paciente consegue ter uma vida social com menos vergonha.
  • Prolapso uterino: neste caso pode se fazer uma histerectomia via vaginal quando a paciente tem prognóstico de uma melhor recuperação e um retorno mais rápido as atividades laborais.
  • Prolapso de cúpula: isso acontece quando há um deslocamento da cúpula vaginal tendendo a exteriorização, pode ser corrigido fazendo a fixação da cúpula em ligamento sacro espinhal ou no promontório, desta forma não ocorrera o desabamento da cúpula vaginal.  
  • Ooforectomia : se faz necessário quando o ovário ou ambos estão com alguma patologia que necessita ser retirado, melhor via para esta exérese seria por videolaparoscopia.
  • Salpingectomia/Laqueadura : pode ser feita de maneira minimamente invasiva, por via vaginal, quando é retirada, ou “corta” as trompas, método definitivo de contracepção;
  • Reversão de laqueadura : essa cirurgia pode ser feita por videolaparoscopia ou laparotomia, quando tenta restabelecer a fertilidade da paciente.
  • Anexectomia: esse procedimento inclui a ooforectomia e a salpingectomia,: retirada dos ovários e trompas;
  • Colpoplastia anterior e/ ou posterior: correção frouxidão dos músculos do períneo;
  • Miomectomia: Retirada de miomas uterinos, e através da videohisteroscopia para exerese de miomas submucosos.
  • Polipectomia: consiste na retirada de pólipos por videohisteroscopia.
  • Ablação endometrial: consiste na retirada do endométrio para fazer tratamento de irregularidade menstrual, sangramento excessivo e intensas cólicas.
  • Histeroscopia cirúrgica: retirada de corpo estranho, pólipos, miomas submucoso, sinéquias, aderências  e/ou biópsia dirigida

Quando a cirurgia é indicada ?

A  Cirurgias ginecológicas minimamente invasivas ou não é indicada quando a mulher apresenta sintomas graves e que podem interferir diretamente na sua qualidade de vida, quando não há resposta ao tratamento com medicamentos ou quando são verificadas outras alterações, ou no sistema reprodutivo. De acordo com a idade e gravidade, o médico pode optar pela realização de cirurgia conservadora ou definitiva.

Cirurgia definitiva

É indicada quando o tratamento com medicamentos não está surtindo efeito ou quando a cirurgia conservadora não apresentou resultados. Dependendo do caso, pode ser necessário remover o útero e/ou os ovários. Este procedimento é chamado de histerectomia e é indicado apenas para as mulheres que já tiveram filhos e/ou para aquelas que não querem engravidar.

Este tipo de cirurgia pode ser feito de três maneiras: via abdominal, quando o útero é retirado por uma incisão abdominal; vaginal, quando o órgão é retirado por via vaginal; ou por videolaparoscopia. Nesse caso, são feitas pequenas incisões no abdômen e a retirada do útero pode ser pela vagina ou pelas incisões dos portais.

Cirurgia conservadora

As cirurgias conservadoras são normalmente realizadas por meio da videolaparoscopia e videohisteroscopia podendo ser por raquianestesia ou  anestesia geral. Durante este procedimento, o médico insere uma microcâmera e instrumentos que permitem a remoção do foco para qual a cirurgia foi proposta.

Cirurgia ginecológica conservadora é indicada para preservação da fertilidade feminina, sendo realizada mais frequentemente em mulheres em idade reprodutiva e que desejam ter filhos. Nesse tipo de cirurgia são removidos apenas o foco.